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    Esclerose Múltipla e os riscos para a Saúde Visual

    Esclerose Múltipla e os riscos para a Saúde Visual

     

     

    No dia 30 de agosto comemora-se o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla. A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica, crônica e autoimune – ou seja, as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares.

    É bastante comum que pessoas com esclerose múltipla tenham problemas oculares. Uma das consequências da EM é a perda de visão, que ocorre quando o nervo óptico que liga o olho ao cérebro fica inflamado. Este processo é chamado neurite óptica. Estima-se que metade das pessoas acometidas com EM terá a doença pelo menos uma vez.

    Os sintomas da neurite óptica são repentinos e incluem: visão turva, cegueira de um olho por um período determinado, sendo rara esta condição em ambos os olhos ao mesmo tempo. A inflamação pode durar de 4 a 12 semanas.

    A visão dupla ou diplopia também surge nesta condição, pois o problema ocorre na parte do cérebro que controla os nervos que vão para os músculos que controlam o movimento dos olhos e estes passam a não são funcionar corretamente.

    O nistagmo, que é o movimento desconcontrolado dos olhos, também pode ocorrer. Os olhos movem-se para cima, para baixo ou de um lado para o outro. Este descontrole pode ser leve ou grave o suficiente para impedir que a pessoa possa enxergar bem.

    De acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), estima-se que existam 35 mil brasileiros com esta doença, cuja a causa e a cura ainda são  desconhecidas e têm sido foco de muitos estudos no mundo todo. Porém é possível ter qualidade de vida dos pacientes, que geralmente são mulheres jovens na faixa nos 20 a 40 anos.

    A EM pode apresentar outros sintomas como fadiga intensa, depressão, fraqueza muscular, alteração do equilíbrio da coordenação motora, dores articulares e disfunção intestinal e da bexiga. A fisioterapia e o auxílio de medicamentos podem suprimir o sistema imunológico e auxiliar no combate aos sintomas, retardando assim a progressão da doença.

    Para o tratamento da visão é possível realizar a neuroreabilitação visual, capaz de amenizar as complicações visuais da EM. A terapia Visual, reúne diversas técnicas, tais como: Ortóptica, Photo therapy, Neurovisão e Optometria Comportamental. É importante destacar que este procedimento pode ser realizado por um profissional optometrista, capacitado para avaliar a Saúde Primária da Visão.

    Artigo de Daniela Iamamoto

    Presidente do CROOSP

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